29.3.10

Mas...

o que há de novo?

Dentro de meu ser não existe nada de novo...Somento o velho...o passado, as lembranças, enfim.

Temos tanto potencial mas às vezes parece que ficamos tolos por um momento que parece que vai durar uma eternidade.

No antigo post confesso que não estava sob "condições normais"...não mesmo. Tanto que (no dia seguinte) após ser cobrada pelo André no MSN, se iria aceitar ou não o comentário é que me toquei que havia escrito algo...fato de que não me recordo.

Sei muito bem o quê levou isso a acontecer mas é que na verdade não me lembro o momento exato...

Bom, fugir da realidade do meu mundo particular não vai resolver nada, só vai adiantar aquilo que tenho que encarar de frente.

Não tenho do que reclamar...estou trabalhando muito (14 horas por dia) e sou reconhecida por isso (coisa que nunca me aconteceu na vida desde que me entendo por gente), consegui uma casa para morar perto do centro e praticamente ao lado de onde trabalho, tenho a saúde perfeita, tenho bons amigos...e etc. Mas mesmo assim, reconhecendo tudo isso e muito mais, teimo em fugir da minha realidade.

Engraçado que algum tempo atrás achava que estivesse mesmo amadurecendo...enganei-me mais uma vez!

Mas que diabos!

Como é que às vezes tenho certeza de alguma coisa e em menos de 5 minutos tudo muda?

É ironia do acaso?

Sigmund Freud explicaria  isso?

Quem ou o quê têm a resposta?

Tudo o que me significava em beleza tornou-se horrível.

Tudo o que me tomava um ar de pureza tornou-se putrefo.

Tudo o que me aspirava inocência tornou-se o caos.

Tudo o que me inspirava, HOJE me enlouquece.

Mas esse "tudo" definitivamente não saberia dizer o que é. Não sei se é carência psicológica, se é neura, se é parte de minha infantilidade, se é uma fase de transição, se é o inferno astral...

"Só sei que nada sei"...como diria Platão. E não sei mesmo!!!

Acho que vou abrir as portas da minha percepção e quem sabe ter uma outra visão sobre esse "tudo" que me fere e ao mesmo tempo me dá forças para não perder a minha seriedade como um todo.

Talvez eu me torne mais objetiva em algumas circunstâncias, sei lá.

Talvez não me torne mais uma estranha quando me olho no espelho.

Talvez eu consiga evitar coisas tão bobas, tão pequenas...

Talvez eu me assuma sem medo de agradar ou não àqueles que amo e respeito.

Talvez eu veja graça em mudar as coisas de lugar dentro de mim, e de repente tudo voltar a ser o que era.

Talvez  deixe de viver aquilo que sempre esperei...talvez  morra vivendo o que sempre quis ser.

Talvez é o que há de novo!