30.12.12

O que é tudo?

Boa tarde aos meus queridos e ilustres leitores imaginários... vos peço desculpas por deixar o blog deveras abandonado. A maternidade e o caminho até ela me tornou um tanto ocupada e por vezes esquecida quando tive raras oportunidades de voltar a redigir.
Quero então compartilhar de alguma fora essa nova fase que me acompanha desde o dia 4 de dezembro. Ser mãe é ser tudo, é ter "aquilo" que procuramos sem saber exatamente "o que" procuramos de fato. Fica até redundante escrever que minha vida mudou depois que carreguei pela primeira vez o meu filho. Eis que estou num momento de despertar para a realidade, para  a continuidade da minha geração, para o meu maior sonho que se concretizou quando menos esperava. Sim, quando me vi gestante fiquei surpresa.
Penso que foi um loooongo sonho e ainda estou nele.
Ver e perceber uma criatura tão pequena, tão frágil e tão dependente me torna a cada dia mais madura e mais responsável mesmo que eu não saiba de nada desta vida AINDA.

Ao procurar saber que dia é hoje até me assusto com um : - Nossa! Já vai fazer um mês que ele nasceu?  
Aos poucos vou me adaptando e já projetando como será o meu futuro para garantir o dele, pois o meu antigo ideal de continuar me dedicando ao idioma japonês ficará suspenso por tempo indeterminado. Estranho concluir assim já que era a coisa de maior importância em minha vida... mas enfim.

E enquanto fico aqui me preparando para ser reconhecida como referencial deste pequeno grande amor da minha vida toda, reclino-me aos objetivos que ainda surgirão.

13.8.12

Um marido, um filho, um livro...

Depois de um longo e obscuro inverno, eis que volto a redigir.

Agora já noutra situação que por vezes têm sido insuportável (complicações devido à adaptação física) ao mesmo tempo se torna algo novo e maravilhoso. Me dei, não sei como, boas vindas ao mundo da maternidade (completam hoje 21 semanas e três dias e em meu ventre cresce um guri).
Porém, minha vida não estacionou em fase alguma.
Continuo SIM tendo minhas neuras, minhas manias, minhas frustrações, meus problemas pessoais (como quaisquer pessoas neste mundo de loucos), etc.
Ainda fico naquela ânsia de querer mudar tudo ao meu redor. Esse "tudo" determina-se por pessoas e suas atitudes... e como sempre, falho nessa missão que criei dentro do meu ser, da minha mente, dos meus pensamentos e desejos.
 Viver em harmonia e paz é algo tão simples do que viver em discórdia inventada e alimentada dentro de cada um que me arrependi de ter abraçado, e por vezes permitido que entrasse em minha casa... abrindo assim portas e janelas do meu particular... mas ainda assim os continuo tratando muito bem, por sinal. E não é diferente aos demais...
Alguns esperam pela felicidade (casamento, carro do ano, um novo cargo, bens materiais...), já outros querem apenas viver o agora e os que restaram querem mesmo é terem destaque se colocando num patamar de "o mais importante", inflando um ridículo e débil jeito-ego de ser...
Percebi que de todo o pouco que conquistei desde que resido aqui em Indaiatuba, torna-se um pedaço de torta de maçã para um formigueiro.  OI???? A VIDA SEGUE... cada um tem que ir atrás do que lhe preencha o vazio... Não é possivel que existam pessoas que se satisfaçam sugando o que não lhe foi concedido. Entendam, meus nobres e ilustres leitores imaginários, que alguém entre em vossos lares e lhe roubem algo que estas não tiveram a capacidade de conquistar com pouquissimo custo.
É o que tenho vivenciado... o que acontece comigo é consequência do que escolhi. Não preciso ser a sombra de ninguém...já tenho a minha!
Um marido, um filho e um livro... já tenho os três, embora os dois últimos ainda estejam em fase de conclusão, mas de fato existem.

Uma ótima tarde ensolarada... aproveitem a vida.

19.3.12

Teatro, novela e submissões...

Já citei em posts anteriores sobre  comportamento alheio...sendo somente inspirado por pessoas que passaram em minha vida.
Há muito tempo atrás residi em Indaiatuba onde fiz amizades com duas pessoas (em questão) muito diferentes, embora nessa época fossem iguais: doces, amáveis, inocentes...
Por anos, após o meu retorno à capital, mantive contato por cartas e telefonemas que depois um certo tempo nos distanciamos por motivos óbvios: trabalho, estudos e etc.
Em fevereiro deste ano cumpriu-se 5 longos anos que já resido em Indaiatuba novamente.
E essas duas pessoas que eu considerava irmãs me mostraram a evolução de suas vidas...ambas já têem suas familias, porém a que era a mais protegida daquela época hoje é uma pessoa sem alma, sem escrúpulos e sem limites....e a outra ainda distante desta que vos redige, meus nobres leitores imaginários, continua (ao meu ver) a mesma guria que conheci há tempos. Não se deixou corromper pela maldade, pela hipocrisia....apenas vive seu momento único e tão esperado de ser mãe.
Eu tenho a velha mania de idolatrar meus amigos e amigas...e de vez em quando sou surpreendida quando me vejo em situações diversas de traição, fofoca e falsas acusações.
Mas se eu divulgasse o que sei a respeito da primeira citada em poucos detalhes, de certo que seria julgada por me meter na vida alheia, por tomar conta de um problema que não é meu.
Enquanto aqui assisto novela, comparo minha vida como sendo um verdadeiro teatro...
Ainda não tenho inteligência para compreender o que levam pessoas a cometerem coisas tão indizíveis e se safarem como se nada fosse. Digam-me, por exemplo, o que pensar de uma pessoa que tem um filho do próprio padrasto, sumir da cidade para que ninguém presencie a gravidez e depois voltar com uma criança nos braços alegando ser adotado e a mesma inventar estórias sobre outras pessoas, expor a TUA vida pra quem tu NUNCA viu antes na tentativa de fazer piadinhas sobre algo muito particular e etc?
Sou tão mal vista que nem consigo nutrir sentimentos negativos para tal.
Bom....não haverei de ser submissa com tal acontecimento...o modo que conheço para me proteger é tão somente me afastar e assistir, como se fosse realmente uma peça teatral, a queda de tantas máscaras que se usam como se fosse a última tendência, a última moda outono-inverno ou primavera-verão.

Olhando para os exemplos bons e ruins deixados por outrém, analisado constantemente o que acontece no meu interior reclino-me pois ao responsável pelo meu bem estar...

Aproveitem a vida sem medo de errar e sem receio de serem enganados!!!!

13.3.12

O incrível da vida...

Por vezes encontramos em nossos caminhos percorridos pessoas de diversas características semelhantes.
Algumas situações vividas por essas são até parecidas das que vivi...e por mais que eu as tente ajudar não consigo. Parece que não me escutam ou não querem fazê-lo.
Ah, lá vai eu de novo com aquela sensação de querer ser mãe dos que amo!
Essa vontade que eu tenho em querer ajudar e ser amiga nem sempre dá certo...não consigo entender uma vez que me pedem ajuda mesmo sem dizer nada.
Num mundo onde todos (as) querem a felicidade e o amor para si só se deixam levar pela ilusão de uma vida perfeita, sem sofrimentos, sem lamentações...
Eu sei muito bem que viver não é nada fácil, mas os exemplos por muitos deixados na vida desta que vos escreve, meus queridos e ilustres leitores imaginários, só me provam que NINGUÉM quer ser ajudado mas apenas serem vistos como pobres vítimas e além de tudo serem superiores em toda sua vã ignorância e pobreza de pensamentos nunca infundados.
A cada etapa que surge diante de meus olhos, faço pertencer a minha maturidade e jogo isso em palavras redigidas, pensadas e desenhadas.

Esforçando-me cada vez mais ao que me faz bem, reclinando-me à leitura que me abra a mente e afastando-me mais e mais deste "incrível da vida" que nada mais é do que perceber que sempre somos enganados...e por nós mesmos!

25.2.12

Olhos que nada vêem...alma que nada sente.

Tento pensar em algo que me desvie a atenção desse estado declarado de letargia...mas nada alcanço.
Procuro visualizar imagens de algo bom e nada me desperta encantamento.
Com os dois pés (de novo) na depressão me sinto apenas como um corpo que somente existe.
Anestesiada pela ação de outrém, julgo-me cada vez mais imatura.
O sonho que outrora idealizara já não me faz mais parte...não mais  me pertence.
É esquisito por demais sofrer por algo que não se pode tocar ou definir qual o tamanho que isso possa vir a ter.
Sentimentos de um modo geral é um enigma...quisera poder sofrer pela dor de uma topada no pé duma cadeira do que me lastimar e derramar lágrimas por uma coisa invisível porém subsistente.
Ao mesmo tempo que sou forte o bastante para me vangloriar de ter enfrentado a morte torno-me tão incapaz quanto um bebê que tenta dar seus primeiros passos.
Exponho-me aqui sem medo ou vergonha... tenho mais segurança em escrever do que tentar ser compreendida.
A cada segundo uma ideia me cutuca os pensamentos que o melhor que tenho a fazer é me tornar fria e indiferente, mesmo sabendo que muitos irão me interpretar como uma pessoa ignorante e grossa...mas....até quando haverei de me preocupar em agradar todos ao meu redor se isso não tem mais sentido??????
Cansei de ser traida, perdoar e aceitar de volta a amizade de alguns sujeitos ocultos na minha lista de amizade.
Cansei de jurar que serei mais madura em algumas atitudes pois ainda me comporto como uma adolescente. Manter o espirito jovem talvez teriam outros tipos de atitudes que não essas que ainda insisto possuir.
Por vezes me sinto tão idiota...enfim, a minha evolução e amadurecimento que nunca se define de uma vez.

Agradeço aos meus leitores imaginários pela atenção dispensada.

23.2.12

Lágrimas que desabam...

Interessante o modo como me sinto quando um ideal meu é mal visto e pisoteado.
Sempre tento provar que sou forte o bastante para não me deixar abater diante de um situação rotineira, talvez até banal para alguns...mas infelizmente não sou de ferro e desabo a chorar.
E então a próxima fase pós-choro em demasia são os conflitos entre razão e emoção. Um quer ser maior que o outro...logo torno-me insuportável de tal forma que nem eu me aguento. Minhas válvulas de escape nem sempre me suprem ao que necessito deveras.
Escrever tornou-se "meu querido diário", meu amigo imaginário...

Não quero mais me declinar ao que me faz bem...
Retiro-me pois mesmo tendo tanto a redigir.

9.2.12

Independência para si...

Na minha inconstância de pensamentos me flagro querendo buscar noticias dos que me fizeram mal...
Sei muito bem como sou e as minhas atitudes sempre tem um motivo certo.
Na maioria das vezes me mostro aos demais, como se estivesse me exibindo...para que vejam a todo custo que estou bem e muito diferente da forma que me idealizaram um dia como uma pessoa "do mal".
Isso me dá uma satisfação inexplicável. Talvez pelo fato de continuar tendo o meu físico do mesmo jeito que sempre foi, e um certo ar de superioridade que me envolve (típico dos que são de áries), justificado pelo meu gosto peculiar por idiomas e bandas e livros que aguçam a inveja de muitos que conheço, cujo foram citados no inicio deste texto.
A independência que obtive saindo da casa de meus pais teve um preço muito alto, julgamentos infundados e acusações tão ridículas do que nunca aconteceu (AIDS, drogas, uma possível gravidez...) que me dá forças para continuar a me exibir.
Deveras, pois os acima citados estão no seio familiar....e esse meu exibicionismo é justamente para PROVAR que sempre estiveram errados....entendam, meus nobres leitores imaginários, que isso seria unicamente para calar a boca e atacar essa hipocrisia exacerbada.
É a única maneira que conheço para me defender...afinal sou a única dona do meu espaço.


Me exibo, logo me fortaleço.

14.1.12

Pseudo-outono em pleno verão.

Sentada aqui no meu cantinho preferido da sala de meu pequeno apartamento, sentindo o vento gélido que entra pela janela principal declino-me ao passado e faço uma avaliação do outro lado de minha "família"...
Por acaso encontrei no Facebook um primo distante.
Notei que ele tem uma vida tranquila e com filhos bem educados...e sem querer já faço uma comparação à minha criação e do jeito que sempre fui tratada...na verdade seria destratada, judiada e corrompida contra vontade.
Achei que isso acontecia com todos que dessa fazem parte...mas mais uma vez me surpreendi.
Quando que poderia saber que existem seres-humanos de verdade com os mesmo sangue correndo nas veias?
Acho que só de onde surgi pela união de duas pessoas tão incrivelmente desinteressadas pela boa vontade e pelo amor é que tantas coisas poderiam de fato acontecer.
Se hoje sou o que sou e penso o que quero pensar não é graças à minha progenitora...por vezes esta dizia que eu era adotada...prefiro essa brincadeira de mal gosto ou até mesmo descaso do que aceitar tudo o que me foi feito não só por ela, mas também pelos demais.
Vem uma cena em minha mente perturbada por coisas ilícitas de ontem... estava sentada à mesa com os braços sobre a mesma onde minha mãe passava roupas. Era uma mesa já muito velha e qualquer movimento brusco fazia com que ela balançasse bastante podendo derrubar qualquer coisa....e nesse caso o ferro de passar caiu em cima do meu braço....e eu apanhei MUITO por causa disso. Agora vai entender porque diabos ela fez isso, sendo que foi ela quem provocou esse incidente. Por anos carreguei essa marca no meu braço direito e nunca aceitei a ação por ela cometida.  Se isso é uma forma de demonstrar amor por um filho eu não sou normal...

Voltando ao que me faz bem...minha válvula de escape.

Tenham, meus nobres e ilustres leitores imaginários, uma ótima manhã.

7.1.12

Reflexões antes dos 34...

Sendo minha própria psicóloga-pseudo-psicanalista caio na real sobre tudo o que me aconteceu desde que me conheço por gente...
Não nasci numa familia propriamente citada...o ideal de uma verdadeira familia foi algo na qual nunca tive conhecimento de causa.
Hoje, já próxima dos meus 34 anos de vida, vejo que uma familia de verdade é aquela que se ajuda mesmo tendo problemas ou rusgas...porém a união não se desfaz e isso não depende de pessoas perfeitas compondo-a.
Cair na real só foi possível depois de contrair o matrimônio...
Vejo pessoas felizes, que se abraçam e que se tratam bem. Vejo reuniões familiares, demonstrações de carinho em pequenos e singelos gestos.
Confesso me sentir um peixe fora d'água por nunca ter vivido isso, logo não sei como devo me portar...entendam, meus nobres leitores imaginários, como se fosse uma recém chegada num país com culturas diferentes.
Acredito que a simplicidade seja a chave para tal.
Tenho muita pena de onde saí, das pessoas que representam a minha "familia". Ainda estou no processo de desenvovimento para que meu livro seja finalizado, mas para que isso aconteça tenho que montar um verdadeiro quebra-cabeças e resolver toda essa incógnita por entre traumas particulares e ignorância declarada da parte de alguns.

Declinando-me novamente às novas aspirações de vida, retiro-me do blog por hoje.

Vos gradeço toda a atenção dispensada.