14.1.12

Pseudo-outono em pleno verão.

Sentada aqui no meu cantinho preferido da sala de meu pequeno apartamento, sentindo o vento gélido que entra pela janela principal declino-me ao passado e faço uma avaliação do outro lado de minha "família"...
Por acaso encontrei no Facebook um primo distante.
Notei que ele tem uma vida tranquila e com filhos bem educados...e sem querer já faço uma comparação à minha criação e do jeito que sempre fui tratada...na verdade seria destratada, judiada e corrompida contra vontade.
Achei que isso acontecia com todos que dessa fazem parte...mas mais uma vez me surpreendi.
Quando que poderia saber que existem seres-humanos de verdade com os mesmo sangue correndo nas veias?
Acho que só de onde surgi pela união de duas pessoas tão incrivelmente desinteressadas pela boa vontade e pelo amor é que tantas coisas poderiam de fato acontecer.
Se hoje sou o que sou e penso o que quero pensar não é graças à minha progenitora...por vezes esta dizia que eu era adotada...prefiro essa brincadeira de mal gosto ou até mesmo descaso do que aceitar tudo o que me foi feito não só por ela, mas também pelos demais.
Vem uma cena em minha mente perturbada por coisas ilícitas de ontem... estava sentada à mesa com os braços sobre a mesma onde minha mãe passava roupas. Era uma mesa já muito velha e qualquer movimento brusco fazia com que ela balançasse bastante podendo derrubar qualquer coisa....e nesse caso o ferro de passar caiu em cima do meu braço....e eu apanhei MUITO por causa disso. Agora vai entender porque diabos ela fez isso, sendo que foi ela quem provocou esse incidente. Por anos carreguei essa marca no meu braço direito e nunca aceitei a ação por ela cometida.  Se isso é uma forma de demonstrar amor por um filho eu não sou normal...

Voltando ao que me faz bem...minha válvula de escape.

Tenham, meus nobres e ilustres leitores imaginários, uma ótima manhã.