1.11.11

Defeitos alheios, vaso quebrado e choro reprimido.

Não gosto de explicar a mesma coisa mais de uma vez, principalmente quando algo está muito mais do que evidente.
Sou apegada sim às minhas coisas, por mais bobas que possa parecer...sou sentimentalista por demais.
Alguns presentinhos que guardo, se os guardo é porque me  significa, principalmente se for de uma pessoa muito estimada.
Às vezes fico triste e as pessoas traduzem a minha expressão de rosto como se eu estivesse "brava", nervosa, irritada...enfim.
E o que me irrita, na verdade, é que não gosto de ter que me explicar ou justificar o que penso e alguns acham que tenho a obrigação por fazê-lo...
Os defeitos alheios não me cabem, e eu não vou lutar para que estes findem pois não é um problema meu.
Prefiro me trancar num quarto e esperar que essa coisinha estranha que sentimos quando estamos tristes e consequentemente acuados, desapareça.
Reprimir um sentimento momentâneo à vezes é a melhor saída para não fazer com que alguém se sinta ofendido, justamente por não entender o que se passa em nossas mentes.
Cada pedaço desta que vos redige nesta tarde fria e incomum, meus leitores imaginários, é como um vaso quebrado...
Um vaso uma vez quebrado não volta a ser e ter a mesma beleza, talvez se torne estranhamente belo após ter juntado e colado seus pedaços...mesmo sabendo que sempre faltará uma pequena parte que tempos depois acabamos por encontrar pelos cantos infindos do nosso universo interno-particular.
Me promovo neste instante uma reflexão forçada e quase obrigatória e tão conveniente, que nem mesmo qualquer psicanalista poderia me diagnosticar o que de fato preciso para que eu chegue numa conclusão...mesmo que seja contraditória aos que se julgam normais e perfeitos em sua mera hipocrisia declarada.

Aprendendo a viver um segundo após o outro...

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